Josiane Dias de Carvalho

Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

Lattes: http://lattes.cnpq.br/6206227276220558

E-mail:josianecarvalho58@gmail.com

​

Ivana Almeida Serpa

Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

Lattes: http://lattes.cnpq.br/8980085187686974

E-mail: ivana-serpa@uergs.edu.br

​

Adriana Barni Truccolo

Florida International University

Lattes: http://lattes.cnpq.br/8147033387677530

E-mail:adriana-truccolo@uergs.edu.br

​

DOI-Geral: http://dx.doi.org/10.47538/RA-2023.V2N1
DOI-Individual: http://dx.doi.org/10.47538/RA-2023.V2N1-20

 

RESUMO:

As formas de acolhimento institucional ou familiar são medidas de proteção excepcionais e provisórias, sendo a reinserção da criança e do adolescente em sua família e na comunidade de origem a meta prioritária. A partir do exposto, o objetivo do estudo foi proporcionar, através do brincar, experiências significativas para a formação educativa de crianças e adolescentes em condição de vulnerabilidade social e econômica residentes temporariamente em uma instituição de acolhimento do município de Alegrete, RS. Desenvolveu-se um estudo de campo com intervenção pedagógica e abordagem qualitativa, realizado com quatro crianças e nove adolescentes na faixa etária de recém-nascidos a 17 anos e onze meses de idade. As atividades de contação de histórias, teatro, fantoches, construção de brinquedos com material reciclado, foram realizadas semanalmente, durante meio turno, de agosto a novembro de 2018, utilizando-se do diário de campo como instrumento de registro dos relatos e observações. Constatou-se maior integração entre os participantes quando da realização das atividades propostas, bem como espontaneidade e manifestação dos seus sentimentos. Conclui-se que as atividades lúdicas propiciam momentos de auto descobrimento e de acolhimento de si e do outro, sendo uma estratégia a ser considerada nos serviços de acolhimento institucional a crianças e adolescentes.

PALAVRAS-CHAVE:

Criança. Adolescente. Institucionalização. Abrigo. Ludicidade.

​

BIOGRAFIA DO AUTOR:

Josiane Dias de Carvalho

Especialização em Gestão do Currículo na Formação Docente pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. Mediadora do Programa Novo Mais Educação da Prefeitura Municipal de Alegrete.

​

Ivana Almeida Serpa

Graduanda em Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul- UERGS. Bolsista de pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul- FAPERGS. Auxiliar pedagógica pela Prefeitura Municipal de Alegrete.

​

Adriana Barni Truccolo

Mestre em Health Education pela Florida International University – USA. Mestre em Ciências da Saúde – Cardiologia pela Fundação Universitária de Cardiologia – FUC. Docente de Educação e Saúde na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Unidade Universitária em Alegrete.

​

​

REFERÊNCIAS

ABERASTURY, A. A criança e seus jogos. Petrópolis: Vozes, 1972.

​

AMORIM, K. S.; ROSSETTI-FERREIRA, M. C. A matriz sócio histórica. In: ROSSETTI-FERREIRA, M. C.; AMORIM, K. S.; SILVA, A. P. S.; CARVALHO, A. M. A. (Orgs.), Rede de significações e o estudo do desenvolvimento humano (pp. 94-112). Porto Alegre: Artmed. 2009.

ANGROSINO, M. Etnografia e observação participante. Porto Alegre: Artmed, 2009.

ANTÃO, J.; PIMENTEL, F.; RAMOS, A. Avaliação de um programa de promoção da saúde mental com crianças institucionalizadas. Psicologia em Revista, v. 21, n. 2, p. 218-233, 2016. Disponível em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista Acesso em 20 de set de 2020.

ASSIS, S. G. et al. Violência e representação social na adolescência no Brasil. Revista Pan-Americana de Saúde Pública, v.16, n.1, p.43-51, 2004. Disponível em: http://www.andi.org.br/sites/default/files/legislacao/Viol%C3%AAncia%20e%20representa%C3%A7%C3%A3o%20social%20na%20adolesc%C3%AAncia%20no%20Brasil%20(estudo).pdf Acesso em 12 de maio de 2020.

BARROS, J. F.; ABRAÃO, J. L. F. Modos de subjetivação e a fragmentação do saber sobre a criança. Interação em Psicologia, Curitiba, v. 21, n. 2. 2017. ISSN 1981-8076. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/psicologia/article/view/47373. Acesso em: 08 maio de 2020.

BICK J, ZHU T, STAMOULIS C, FOX NA, ZEANAH C, NELSON CA. Effect of early institutionalization and foster care on long-term white matter development: a randomized clinical trial. JAMA Pediatr. 2015 Mar;169 (3):211-9. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25622303/ Acesso em 04 de outubro de 2020.

BRASIL. Lei n. 8069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em 4 de maio de 2020.

BRASIL. Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária - PNCFC. Brasília, DF: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Secretaria Especial dos Direitos Humanos. 2006. Disponível em: www.mds.gov.br › Plano_Defesa_Criancas Adolescentes Acesso em 09 de maio de 2020.

 

CUNHA, N. H. S. A Brinquedoteca Brasileira. In: SANTOS, S. M. P. Brinquedoteca: um mergulho no brincar. 4. ed. São Paulo: Aquariana, 2007.

DAMIANI, M. F.; ROCHEFORT, Renato S. ; CASTRO, Rafael Fonseca ; DARIZ, Marion R. ; PINHEIRO, S. N. S. Discutindo pesquisas do tipo intervenção pedagógica. Cadernos de Educação (UFPel). Vol 45, p. 57-67; 2013.

 

DINIZ, I. A., ASSIS, M. O., SOUZA, M. F. S. Crianças institucionalizadas: um olhar para o desenvolvimento socioafetivo. Pretextos - Revista da Graduação em Psicologia da PUC Minas, 3(5), 261-285; 2018. Disponível em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/pretextos/article/view/15978. Acesso em 08 de maio de 2020.

FONSECA, P. N. O impacto do acolhimento institucional na vida de adolescentes. Rev. Psicopedagogia. 2017; 34(105): 285-96.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GONZÁLEZ REY, F. L. Sujeito e subjetividade. São Paulo: Pioneira Thomson Learning. 2003.

JURDIA, A. P. S.; SCRIDELLIB, C. A ludicidade presente na vida das educadoras sociais: reflexos no trabalho com crianças abrigadas. Cad. Terapia. Ocupacional. UFSCar, São Carlos, v. 22, n. 3, p. 551-560, 2014.

KISHIMOTO, T. M. (org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2003. p. 57-71.

KREUZ, S. L. Acolhimento Familiar x Acolhimento Institucional. Instituto Geração Amanhã. 2018. Disponível em: https://geracaoamanha.org.br/acolhimento-familiar-x-acolhimento-institucional/ Acesso em 04 de setembro de 2020.

KRIEGER, M. A.; KASPER, B. W. Consequências do abandono afetivo. Revista Páginas de Direito, Porto Alegre, ano 15, nº 1241, 13 de maio de 2015. Disponível em: http://www.tex.pro.br/artigos/305-artigos-mai-2015/7137-consequencias-do-abandono-afetivo. Acesso em 17 de maio de 2020.

 

LIEBERT, M.A. 2015. Romania's Abandoned Children: Deprivation, Brain Development, and the Struggle for Recovery. By Nelson, Charles A., Fox, Nathan A., and Zeanah, Charles H. 416 pp. Cambridge, MA: Harvard University Press. 2014. Am. J. Hum. Biol., 27: 588-589. doi:10.1002/ajhb.22742

 

LIMA, M. Pandemia pode causar novos rompimentos para crianças acolhidas. Observatório do terceiro setor. 16/07/2020. Disponível em https://observatorio3setor.org.br/noticias/pandemia-pode-causar-novos-rompimentos-para-criancas-acolhidas/. Acesso em 29/09/2020.

 

MALUF, A. C. M. Atividades recreativas para divertir e ensinar. 4ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes: 2008.

 

MARQUES, J. R. Dicas de dinâmicas de autoestima. 2015. Disponível em: <http://www.jrmcoaching.com.br/blog/dicas-de-dinamicas-de-autoestima>. Acesso em: 9 de junho de 2020.

 

MEDEIROS, B. C. D.; MARTINS, J. B. O Estabelecimento de Vínculos entre Cuidadores e Crianças no Contexto das Instituições de Acolhimento: um Estudo Teórico. Psicologia: Ciência e Profissão Jan/Mar. 2018 v. 38 n°1, 74-87. https://doi.org/10.1590/1982-3703002882017.

 

MELO, L.; VALLE, E. O brinquedo e o brincar no desenvolvimento infantil. Psicologia Argumento, Curitiba, v. 23, n. 40, p. 43-48, jan/mar.2005.

​

MOREIRA, M.I.C. Pesquisa-intervenção; especificações e aspectos da interação entre pesquisadores e sujeitos da pesquisa. In: CASTRO L.R.; de e BESSET, V.L. (Orgs.) Pesquisa-interação na infância e na juventude. NAU: Rio de Janeiro, 2008.

 

PAPALIA, D. Desenvolvimento Humano. Porto Alegre: Artmed. 2010.

PIAGET, J. Formação de Símbolo na Criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Rio de Janeiro. Zohar, 1997.

PIAGET, Jean. Seis estudos de psicologia. 24. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2003.

SOUSA, L. B. A influência da afetividade na aprendizagem significativa: uma abordagem na educação infantil. Afluente, UFMA/Campus III, v.3, n. 7, p. 77-93, jan./abr. 2018. Disponível em: http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/afluente/article/view/9148. Acesso em 5 de maio de 2020.

VERGARA, S. C. Métodos de coleta de dados no campo. 2. Ed. São Paulo: Atlas. 2012.

VIEIRA, M. S. Vitimização sexual de crianças e adolescentes: as múltiplas faces de uma violência perversa. Missões: Revista de Ciências Humanas e Sociais, v. 4, n. 1, 7 dez. 2019. Disponível em: https://periodicos.unipampa.edu.br/index.php/Missoes/article/view/2739. Acesso em 10 de abril de 2020.
 

VYGOSTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores; 6ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998- p. 115.

WALLON, H. Do ato ao pensamento: ensaio de psicologia comparada. Petrópolis: Vozes, 2008.

WINNICOTT, D. W. Tudo Começa em Casa. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

​

​

​